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"Eu tive muitas coisas em minhas mãos e eu perdi tudo, Más tudo que eu coloquei nas mãos de Nosso Senhor Jesus Cristo eu ainda possuo"

sábado, 10 de maio de 2014

DÍZIMO NÃO É UMA DOUTRINA CRISTÃ

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DÍZIMO NÃO É UMA DOUTRINA CRISTÃ
Dizimar não é uma doutrina cristã
Introdução
Este ensaio é um resumo do meu livro “Should the Church Teach Titing? – A
Theologian’s Conclusions About a Taboo Doctrine” (Deveria a Igreja Ensinar a Dizimar? -
Conclusões de um Teólogo Sobre Uma Doutrina Tabu). O próprio livro é uma versão
ampliada de minha tese de Ph.D. Desafio os mestres da Bíblia a ousarem abrir em seus
seminários uma pesquisa que promova estudos sobre este assunto, aos níveis de Mestrado,
Doutorado e Ph.D. Realmente, esta doutrina é importante demais para ser tão ignorada!
Em muitas igrejas, hoje em dia, a doutrina de dizimar tem atingido o nível de
escândalo moderno. Conquanto os livros sobre Hermenêutica e os teólogos omitam o
dizimar, por outro lado a prática tem se tornado rapidamente uma exigência aos membros
da igreja, nas várias denominações, que insistem em dizer que estão embasadas nas sólidas
doutrinas da Bíblia. Existe ainda uma crescente evidência de que os leigos que questionam a
legitimidade do dizimar na Nova Aliança, são em geral criticados como criadores de casos ou
taxados de cristãos imaturos.
O Dizimar moderno baseia-se em falsas premissas - A declaração de uma
denominação sobre mordomia é típica do que muitas outras ensinam sobre o dízimo. Ela diz
que “Dizimar é o modelo bíblico e o ponto inicial que Deus tem estabelecido e que não deve
ser substituído nem comprometido por nenhum outro modelo”. Ela acrescenta que o dízimo
deve ser entregue a partir da renda bruta, o qual é devido à igreja, antes dos impostos.
Os seguintes pontos deste ensaio vão contestar os ensinos usados para estruturar o
dízimo com o que realmente diz a Palavra de Deus.
Ponto 1 - Os princípios de dar no Novo Testamento, em 2 Coríntios
8,9 são superiores ao dizimar.
O falso ensino é que dizimar é uma exigência obrigatória, a qual sempre
precede o dar voluntariamente. O dar voluntariamente precedia o dizimar.
Os seguintes princípios de dar voluntariamente na Nova Aliança estão fundamentados
na 2 Coríntios 8 e 9 (1). Dar é uma “graça”. A 2 Coríntios 8 usa oito vezes a palavra
“graça”, referindo-se à ajuda aos santos pobres (2). Dar primeiro a Deus (8:5). (3) Dar-se
a si mesmo para conhecer a vontade de Deus (8:5) (4) Dar em resposta ao dom de Cristo
(8:9 e 9:15). (5) Dar com desejo sincero (8:8, 10, 12 e 9:7) (6) Não dar por causa de
mandamento algum (8:8,10; 9:7). (7) Dar além de sua capacidade (8:3, 11, 12) (8) Dar
para produzir igualdade. Isso quer dizer que os que têm mais devem dar mais, a fim de
suprir a incapacidade dos que não podem dar mais (8:12,14) (9) Dar com alegria (8:2).
(10) Dar porque está crescendo espiritualmente (8:3,4,7). (11) Dar porque deseja crescer
espiritualmente (9:8, 10, 11). (12) Dar porque está ouvindo o Evangelho ser pregado
(9:13).
Ponto 2 - Na Palavra de Deus o dízimo é sempre em alimento
O falso ensino é que os dízimos bíblicos incluem todas as fontes de renda.
Não usem o Dicionário de Webster. Usem a Palavra de Deus para definir a palavra
“dízimo”. Abram uma boa “Concordância Bíblica”. Vocês vão descobrir que a definição usada
pelos advogados do dízimo está errada. Na Palavra de Deus o vocábulo “dízimo” não
aparece sozinho. Embora já existisse dinheiro, a substância do dízimo divino jamais foi
dinheiro. Ele era o “dízimo do alimento”. Isso é muito importante. ** Os verdadeiros
dízimos bíblicos eram sempre somente o alimento proveniente das fazendas e rebanhos,
somente dos israelitas que vivessem exclusivamente dentro da Terra Santa de Deus, as
fronteiras nacionais de Israel ** A fartura provinha da mão de Deus e não da manufatura ou
habilidade do homem.
Existem 15 versos de 11 capítulos e 8 livros, de Levítico 27 a Lucas 11, que
descrevem o conteúdo do dízimo. E o conteúdo jamais, repito, jamais incluía dinheiro, prata,
ouro ou qualquer outra coisa, além de alimento. Mesmo assim, a definição incorreta de
“dizimar” é a maior mentira que está sendo pregada sobre esse ato, hoje em dia. (Vejam
Levítico 27:30,32; Números 18:27,28; Deuteronômio 12:17; 14:22, 23, 26; 2 Crônicas 31:5;
Neemias 10:37; 13:5; Malaquias 3:10; Mateus 23:23 e Lucas 11:42).
Ponto 3 - O dízimo de Abraão a Melquisedeque se embasou numa
tradição pagã.
falso ensino é que Abraão deu voluntariamente o dízimo porque foi a
vontade de Deus.
Contudo, pelas seguintes razões, Gênesis 14:20 não pode ser usado como exemplo
para os cristãos dizimarem:
1 - A Bíblia não diz que Abraão deu “voluntariamente” esse dízimo.
2 - O dízimo de Abraão não foi um dízimo santo, da Terra Santa de Deus, produzido pelo
povo santo de Deus.
3 - O dízimo de Abraão foi do espólio de guerra, o que era comum a muitas nações.
4 - Em Números 31, Deus exige apenas 1% dos espólios de guerra.
5 - O dízimo de Abraão a Melquisedeque aconteceu apenas uma vez e Abraão mudava
sempre de lugar.
6 - O dízimo de Abraão não proveio de sua riqueza pessoal.
7 - Abraão nada conservou para si mesmo, tendo devolvido tudo.
8 - O dízimo de Abraão não é mencionado em nenhuma parte da Bíblia, a fim de respaldar o
ato de dizimar.
9 - Gênesis 14:21 é o texto chave. Visto como muitos comentários explicam o verso 21
como exemplo da tradição pagã árabe, é uma contradição explicar os 90% do verso 21
como pagão, ao mesmo tempo insistindo-se em que os 10% do verso 20 eram a vontade de
Deus.
10 - Se Abraão serve de exemplo para o cristão dar 10% a Deus, então deveria também ser
um exemplo para ele dar os restantes 90% a Satanás, ou ao Rei de Sodoma!
11 - 0 Visto como nem Abraão nem Jacó tinham um sacerdócio levítico para manter, eles
não tinham lugar algum onde entregar os dízimos, durante os seus muitos movimentos.
Ponto 4 - Os Primeiros Dízimos eram recebidos pelos servos dos
sacerdotes.
O falso ensino é que os sacerdotes do Velho Testamento recebiam todo o
primeiro dízimo.
A verdade é que o dízimo “completo”, o primeiro dízimo, não ia para os sacerdotes,
de modo algum. Em vez disso, conforme Números 18:21-24 e Neemias 10:37, ele ia para os
servos dos sacerdotes, os levitas. Em seguida, conforme Números 18:25-28 e Neemias
10:38, os levitas davam o “melhor décimo” desses dízimos (1%) recebidos aos sacerdotes
que ministravam os sacrifícios pelos pecados e serviam dentro dos locais sagrados. Os
sacerdotes não dizimavam pessoalmente, de modo algum.
É também importante saber que em troca de receber, esses dízimos, tanto os levitas
como os sacerdotes perdiam todo o direito à herança permanente da terra dentro de Israel
(Números 18:20-26; Deuteronômio 12: 12; 14:27,29; 18:1-2; Josué 13:14,33; 14:3; 18:7;
Ezequiel 44:28). Os levitas que recebiam o primeiro dízimo eram proibidos de ministrar os
sacrifícios de sangue, sob pena de morte (Números 18:3). Não há continuação dessa
ordenança na Nova Aliança.
Ponto 5 - A frase: “É santo ao Senhor” não torna o dízimo um princípio
eterno moral.
falso ensino é que Levítico 27:30-32 prova que o dízimo é um “eterno
princípio moral” porque “ele é santo do Senhor”.
Contudo, os mestres do dízimo devem ignorar a frase mais forte “ele é santíssimo ao
Senhor”, nos imediatos versos precedentes: 28 e 29. Isso porque os versos 28 e 29 não são
definitivamente “eternos princípios morais” na igreja. Em seu contexto, as frases “É santo ao
Senhor” e “é santíssimo ao Senhor” não podem se interpretadas como “eternos princípios
morais”. Por que? Porque quase qualquer outro uso desta frase em Levítico foi há muito
descartado pelos cristãos. Frases semelhantes são também usadas para descrever todos os
festivais, ofertas sacrificais, distinção entre alimentos puros e impuros, os sacerdotes da
Antiga Aliança e o santuário da antiga Aliança.
Ponto 6 - Existem na Bíblia quatro tipos diferentes de Dízimos.
falso ensino ignora todos os outros dízimos e focaliza somente a parte do
primeiro dízimo religioso.
Na realidade, o primeiro dízimo religioso chamado o “Dízimo Levítico” tinha duas
partes. Novamente todo o primeiro dízimo era dado aos levitas, os quais eram apenas
servos dos sacerdotes (Números 18:21-24; Neemias 10:37). Por sua vez, os levitas davam
1/10 de todos os dízimos aos sacerdotes (Números 18:25-28; Neemias 10:38). Conforme
Deuteronômio 12 e 14, o segundo dízimo religioso, chamado o “Dízimo de Festa”, era
comido pelos adoradores, nas ruas de Jerusalém, durante os três festivais anuais
(Deuteronômio 12:1-19; 14:22-26). E conforme Deuteronômio 14 e 26, o terceiro dízimo,
chamado o “dízimo dos pobres” guardados nas casas, a cada três anos, era usado para
alimentar os pobres (Deuteronômio 14:28-29; 26:12-13).
Ainda conforme o 1 Samuel 8:14-17, o Rei coletava o primeiro e o melhor 10% para
uso político. Durante o tempo de Jesus, Roma coletava os primeiro 10% da maior parte dos
alimentos e 20% da colheita de frutas como espólio de guerra.
É de admirar que as igrejas estejam tentando omitir isso, quando falam somente de
um dízimo religioso, simplesmente porque este se encaixa melhor em seus propósitos,
ignorando os outros dois importantes dízimos religiosos.
Outro erro comum é equacionar o dízimo com “as primícias”, ou até mesmo com “o
melhor”. Enquanto o dízimo do dízimo (1%) que era dado aos sacerdotes, era “o melhor” do
que os levitas recebiam, o dízimo que os levitas recebiam era 1/10, mas não
necessariamente “o melhor”. (Levítico 27:32,33). Também, enquanto as primícias e o
primogênito de cada animal puro eram levados diretamente ao Templo, o dízimo era
entregue diretamente nas cidades levíticas (Neemias 10:35-38).
Segundo alguns historiadores, “as primícias” eram ofertas extremamente pequenas.
Em geral “as primícias” de uma vila inteira podiam ser carregadas em um único animal.
Ponto 7 - Jesus, Pedro Paulo e os pobres não dizimaram.
O falso ensino é que de todo mundo no Velho Testamento era exigido que
trouxesse sua oferta a Deus a nível de 10%.
Na realidade nenhum dízimo era exigido dos pobres. Nem também provinha o mesmo
das mãos do artesão ou do seu ofício. Somente os fazendeiros e pecuaristas possuíam o que
era definido como ganho ao dízimo. Jesus era carpinteiro; Paulo era artesão de tendas e
Pedro era pescador. Nenhuma dessas ocupações os qualificava como pagadores do dízimo,
visto como não cultivavam a terra nem possuíam rebanhos para o seu sustento. Desse
modo, é incorreto ensinar que todo mundo pagava a exigência mínima de um dízimo e,
então, que dos cristãos da Nova Aliança deveria ser exigido, apenas para início, esse mesmo
mínimo da Velha Aliança dos israelitas. Esta afirmação é comumente repetida nas igrejas,
ignorando completamente a exata definição do dízimo como alimento obtido nas fazendas e
no aumento dos rebanhos.
Também é errado ensinar que era exigido dos pobres de Israel que estes pagassem o
dízimo. Na verdade, eles até recebiam dízimos. Boa parte do dízimo dos festivais era
entregue aos pobres. De fato, muitas leis protegiam os pobres do abuso dos sacrifícios
dispendiosos, para os quais eles não podiam ofertar. (Vamos ler Levítico 14:21; 25:6,25-
28,35,36; 27:8; Deuteronômio 12:1-19; 14:23,28-29; 15:7,8,11; 24:12,14,15,19,20; 26:11-
13; Malaquias 3:5; Mateus 12:1,2; Marcos 2:23-24; Lucas 2:22-24; 6:1-2; 2 Coríntios 8:12-
14; 1 Timóteo 5:8; Tiago 1:27).
Ponto 8 - Os dízimos eram muitas vezes usados como impostos
políticos.
O falso ensino é que os dízimos nunca são comparados aos impostos ou
taxas.
Contudo, na economia hebraica, o dízimo era usado de maneira totalmente diferente
da que hoje é pregada. Mais uma vez, os levitas que recebiam o dízimo inteiro nem sequer
eram ministros ou sacerdotes - eles eram apenas servos dos sacerdotes. Números 3
descreve os levitas como sendo carpinteiros, fundidores de metal, artesãos de couro e
artistas, que mantinham o pequeno santuário. E 2 Crônicas 23-27, durante o tempo dos reis
Davi e Salomão, os levitas também foram peritos artesãos, os quais inspecionavam as obras
do Templo. Vinte e quatro mil deles trabalhavam no Templo como construtores e
supervisores; seis mil eram oficiais e juízes; quatro mil eram guardas e quatro mil eram
músicos.
Como representantes políticos do rei, os levitas usavam o seu dízimo para servir aos
oficiais, juízes, coletores de impostos, tesoureiros, guardas do Templo, músicos, padeiros,
cantores e soldados profissionais (1 Crônicas 12:23,26; 27:5). É obvio que esses exemplos
do uso bíblico da entrada do dízimo nunca se tornam exemplos para a igreja de hoje.
É importante saber que na Antiga Aliança os dízimos nunca eram usados para evangelizar os
não israelitas. Neste ponto o dízimo falhou. Vejam Hebreus 7:12-19. Os dízimos jamais estimularam
os levitas e sacerdotes da Antiga Aliança a estabelecer uma única missão fora do país, para
encorajar um só gentio a se tornar israelita (Êxodo 23:32; 34:12,15; Deuteronômio 7:2).
O dízimo da Antiga Aliança era motivado e exigido por lei, não pelo amor. De fato, durante a
maior parte da história de Israel, os profetas foram os principais portadores da Palavra de Deus
e não os levitas e os sacerdotes que recebiam o dízimo.
Ponto 9 - Os dízimos levíticos eram normalmente levados às cidades
levíticas.
Os falsos mestres querem que pensemos que todos os dízimos eram
levados ao Templo e que agora devem ser levados ao armazém do edifício
eclesiástico.
O dízimo inteiro jamais foi para o Templo. Na realidade, a extraordinária maioria dos
dízimos levíticos jamais foi para o Templo. Os que ensinam o contrário ignoram as cidades
levíticas e as 24 localidades dos levitas e sacerdotes. Conforme Números 35, Josué, 20, 21 e
1 Crônicas 6, os levitas e os sacerdotes residiam nas cidades levíticas, em terras
emprestadas, onde cultivavam o solo e criavam os animais dizimáveis. Está claro em
Números 18:20-24; 2 Crônicas 31:15-19 e Neemias 10:37, que do povo comum esperava-se
que trouxesse dízimos às cidades levíticas. Por que? Porque lá vivia a grande maioria dos
levitas e sacerdotes com suas famílias, a maior parte do tempo. Vejam também Neemias
13:9.
Ponto 10 - Malaquias 10 é o texto do qual mais se tem abusado na
Bíblia sobre o dízimo.
O falso ensino sobre os dízimos em Malaquias ignora cinco fatos
importantes da Bíblia .
1. - Malaquias é contexto da Antiga Aliança e nunca é citado na Nova Aliança para a
Igreja (Levítico 27:34; Neemias 10:28-29; Malaquias 3:7; 4:4).
2. - Malaquias 1:6; 2:1 e 3:1-5 são muito claramente endereçados aos sacerdotes
desonestos, os quais são amaldiçoados porque haviam roubado as melhores
ofertas de Deus.
3. - As cidades levíticas devem ser consideradas, enquanto Jerusalém nunca foi uma
cidade levítica (Josué 20, 21). Não faz sentido algum ensinar que 100% dos dízimos
eram levados ao Templo, quando a maioria dos levitas e sacerdotes não morava
em Jerusalém.
4. - Em Malaquias 3:10-11, os dízimos ainda são apenas alimentos (Levítico 27:30-
33).
5. - As 24 localidades residenciais dos levitas e sacerdotes também devem ser
levados em conta.
Começando com os Reis Davi e Salomão, eles foram divididos em 24 famílias.
Essas divisões também continuavam a vigorar no tempo de Malaquias, com Esdras e
Neemias. Visto como normalmente apenas uma família servia ao Templo e por uma semana
da cada vez, não havia, absolutamente, qualquer razão para que todos os dízimos fossem
enviados ao Templo, quando 98% daqueles a quem se destinavam como alimento ainda se
encontravam nas cidades levíticas (1 Crônicas 24:26; 28:13,21; 2 Crônicas 8:14;
23:8; 31:2, 15-19; 35:4-5,10; Esdras 6:18; Neemias 11:19,30; 12:24; 13:9-10; Lucas 1:5).
Desse modo, quando o contexto das cidades levíticas, as 24 famílias dos
sacerdotes, os filhos menores, as viúvas, Números 18:20-28, 2 Crônicas 31:15-19, Neemias
10-13 e todo o livro de Malaquias são avaliados, vemos que apenas 2% do total do primeiro
dízimo eram normalmente exigidos no Templo de Jerusalém.
Tanto a bênção como a maldição de Malaquias 3:9-11, perduraram somente até o
término da antiga Aliança, ou seja, até o Calvário. A audiência de Malaquias havia
voluntariamente reafirmado a Antiga Aliança (Neemias 10:28-29. “Maldito aquele que não
confirmar as palavras desta lei, não as cumprindo. E todo o povo dirá:
Amém” (Deuteronômio 27:26, citado em Gálatas 3:10). E Jesus Cristo deu um fim a essa
maldição, conforme Gálatas 3:13: “Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se
maldição por nós; porque está escrito: Maldito todo aquele que for pendurado no
madeiro”.
Hoje em dia, a classe mais pobre é a que mais contribui para beneficência. E, mesmo
assim, ela permanece na pobreza. A loteria e os dízimos não são uma garantia para alguém
enriquecer depressa, em vez da educação, da determinação e do árduo trabalho. Se
Malaquias 3:10 funcionasse realmente com os cristãos da Nova Aliança, nesse caso milhões
de cristãos dizimistas já teriam escapado da pobreza e se tornado o grupo mais rico do
mundo, em vez de continuar sendo pobre. Portanto, não existe evidência alguma de que a
vasta maioria dos pobres “pagadores do dízimo” tenha sido abençoada pelo mero fato de o
entregar. As bênçãos da Antiga Aliança já não estão em efeito (Hebreus 7:18-19; 8:6-8, 13).
Ponto 11 - O dízimo não é ensinado no Novo Testamento.
O falso ensino é que Jesus ensinou a dizimar, em Mateus 23:23, dizendo
que isso está claro no Novo Testamento.
A Nova Aliança não teve princípio no nascimento de Jesus, mas na Sua morte
(Gálatas 3:19, 24, 25; 4:4). O dízimo não é ensinado na igreja, depois do Calvário. Quando
Jesus falou sobre o assunto em Mateus 23:23, Ele estava simplesmente ordenando a
obediência às leis da Antiga Aliança, a qual ele endossou e obedeceu até chegar ao Calvário.
Em Mateus 23:23, Ele mandou que os judeus obedecessem aos escribas e fariseus, porque
estes se assentavam na cadeira de Moisés. Por acaso Ele ordenou que os gentios por Ele
curados comparecessem diante dos sacerdotes judeus?
Não existe um único texto do Novo Testamento que ensine a dizimar após o período
do Calvário. (Atos 2:42-47 e 4:32-35 não são exemplos para se dizimar, a fim de sustentar
os líderes da igreja). Conforme Atos 2:46, os cristãos judeus continuavam a adorar no
Templo. E conforme Atos 2:44 e 4:33,34, os líderes da igreja compartilhavam igualmente o
que recebiam com todos os membros da igreja (o que hoje não se faz). Finalmente, Atos
21:20-25, prova que os cristãos judeus ainda observavam fielmente toda a Lei de Moisés -
até 30 anos depois - devendo aí ser incluído o dizimar, pois se não o fizessem, não poderiam
ter permissão de entrar no Templo para adorar. Desse modo, todos os dízimos coletados
pelos primeiros cristãos judeus eram para o sustento do Templo e não para sustentar a
igreja.
Ponto 12 - Os sacerdotes da Antiga Aliança foram substituídos pelos
pastores bíblicos.
O falso ensino é que os anciãos e pastores da Nova Aliança estão
simplesmente continuando de onde os sacerdotes da Antiga Aliança deixaram e
por isso devem receber o dízimo.
Comparem Êxodo 19:5, 6 com a 1 Pedro 2:9-10. Antes do incidente do bezerro de
ouro, Deus havia pretendido que todo israelita se tornasse um sacerdote e o dízimo jamais
foi mencionado. Os sacerdotes não dizimavam, mas recebiam 1/10 do primeiro dízimo
(Números 18:26-28 e Neemias 10:37-38).
A função e o propósito dos sacerdotes da Antiga Aliança foram substituídos, não pelos
anciãos e pastores, mas pelo sacerdócio de todos os crentes. Como outras ordenanças da
Lei, o dízimo foi apenas uma sombra temporária, até a vinda de Cristo (Efésios 2:14-16;
Colossenses 2:13-17; Hebreus 10:1). Na Nova Aliança cada crente é um sacerdote de Deus
(1 Pedro 2:9-10; Apocalipse 1:6; 5:10). E como sacerdote cada crente oferece sacrifícios a
Deus (Hebreus 4:16; 10:19-22; 13:15-16). Então, cada ordenança que havia sido
previamente aplicada ao antigo sacerdócio foi anulada no Calvário. Visto não pertencer à
Tribo de Levi, até mesmo Jesus Cristo foi desqualificado. Desse modo, o propósito original
de dizimar já não existe (Hebreus 7:12-19; Gálatas 3:19, 24, 25; 2 Coríntios 3:10).
Ponto 13 - A Igreja da Nova Aliança não é um edifício nem um
armazém.
O falso ensino é que os edifícios cristãos chamados “igrejas”,
“tabernáculos” ou “templos”, substituíram o Templo do Velho Testamento
como locais de habitação divina.
A Palavra de Deus jamais descreve os grupos da Nova Aliança como ”tabernáculos”,
“templos” ou “edifícios”. Os cristãos não “vão à igreja”. Eles se “reúnem para adorar”.
Também, visto que os sacerdotes do Velho Testamento pagavam o dízimo, então,
logicamente, o dízimo não pode continuar. Nesse caso, é errado chamar um edifício de
“armazém do Senhor” para receber os dízimos (1 Coríntios 3:16-17; 6:19-20; Efésios 1:22-
23; 2:21; 4:12-16; Apocalipse 3:12). Com respeito à palavra “armazém” comparem a 1
Coríntios 16:2 com a 2 Coríntios 12:14 e Atos 20:17, 32-35. Durante vários séculos após o
Calvário, os cristãos nem mesmo possuíam um edifício próprio (que chamassem de
armazém), visto como o Cristianismo era uma religião ilegal.
Ponto 14 - A Igreja cresce quando usa os melhores princípios da Nova
Aliança.
falso ensino é que os princípios de dar graças não são tão bons como
os princípios do dizimar na Antiga Aliança.
Sob a Nova Aliança:
1 - Conforme Gálatas 5:16-23, não existe lei física que possa controlar o fruto do Espírito
Santo [Infelizmente o Espírito Santo é Quem mais tem sofrido nas igrejas
neopentecostais, que o transformaram num office-boy, o qual tem “obrigação” de descer
quando invocado e de fazer tudo que os pastores semi-bíblicos e os crentes imaturos
dessas igrejas acham por bem exigir dEle. Essas pessoas mal conhecedoras da Bíblia se
comportam com o Espírito Santo exatamente como os feiticeiros se comportam com os
maus espíritos].
2 - 2 Coríntios 3:9-10 ensina: “Se o ministério da condenação [Antiga Aliança] foi
glorioso, muito mais excederá em glória o ministério da justiça [Nova Aliança]. Porque
também o que foi glorificado nesta parte não foi glorificado, por causa desta excelente
glória”.
3 - Hebreus 7 apenas faz a menção pós-Calvário de dizimar, numa explanação de porque o
sacerdócio levítico deve ser substituído pelo sacerdócio de Cristo, porque aquele era fraco e
ineficiente. Estudem Hebreus 7 e sigam a progressão do verso 5 ao verso 12 e ao verso 19.
4 - A maneira pela qual o dízimo é hoje ensinado reflete o fracasso da igreja em crer e agir
segundo os muito melhores princípios do amor, da graça e da fé. O princípio do dízimo
obrigatório não pode nem poderia ter sido mais próspero à igreja do que os princípios
guiados pelo verdadeiro amor a Cristo e às almas perdidas (2 Coríntios 8:7-8). [Se o dízimo
fosse usado para sustentar os missionários, as viúvas pobres e os órfãos, ele seria um
princípio de amor e graça, mas, infelizmente, ele é usado hoje em dia para comprar
aparelhos de som e para outros fins nada cristãos...]
Ponto 15 - O Apóstolo Paulo preferia que os líderes da igreja se autosustentassem.
O falso ensino é que Paulo ensinou e praticou o dízimo.
Nada poderia estar mais longe da verdade. Como um rabino judeu, Paulo estava
entre os que insistiam em trabalhar com as próprias mãos pelo seu sustento (Atos 18:3; 1
Tessalonicenses 2:9-10; 2 Tessalonicenses 3:8-14). Embora ele não tenha condenado os
que recebiam sustento pela obra em tempo integral, também não ensinou que tal sustento
fosse ordenado por Deus, para difusão do Evangelho. (1 Coríntios 9:12). De fato, duas vezes
em Atos 20:29, 35 e também , 2 Coríntios 12:14, ele até mesmo encoraja os
anciãos da igreja a trabalharem para manter os necessitados da igreja [Eu só queria ver
um dos pastores atuais trabalhando para ajudar os pobres da igreja!].
Para Paulo, a expressão “viver do evangelho” significava “viver segundo os princípios
da fé, do amor e da graça” (1 Coríntios 9:14). Conquanto verificasse ter “direito” a alguma
ajuda, ele concluía que a “liberdade” de pregar o seu evangelho era mais importante, a fim
de cumprir a sua vocação de Deus (1 Coríntios 9:15; 11:7-13; 12:13,14; 1 Tessalonicenses
2:5-6). Enquanto trabalhava como artesão de tendas, Paulo aceitou uma certa ajuda, porém
se gloriava de que o seu pagamento ou salário era o fato de poder pregar livremente, sem
se tornar um fardo para os outros (1 Coríntios 9:16-19).
Ponto 16 - O dízimo não se tornou uma lei na igreja, até o Ano 777
d.C.
O falso ensino é que a igreja histórica sempre ensinou o dízimo.
Até mesmo em Atos 21:20-26, algumas décadas após o Calvário, os primeiros cristãos
judeus em Jerusalém continuavam seguindo fielmente a lei da Antiga Aliança e ainda
adoravam e ajudavam a manter o templo judaico. Como eles eram judeus obedientes, a
lógica nos força a concluir que eles continuavam a entregar os dízimos dos alimentos
colhidos ao sistema do Templo.
Conquanto discordando dos seus próprios teólogos, muitos historiadores da igreja
escrevem que o dízimo não se tornou uma doutrina aceita na igreja, durante mais de 700
anos após o Calvário. Os antigos pais da igreja, antes de 321 d.C. (quando Constantino
tornou o Cristianismo uma religião legal) se opunham ao dízimo, considerando-o uma
doutrina puramente judaica. Clemente de Roma (Ano 95), Justino Mártir (150), o Didaquê
(150-200) e Tertuliano (150-220) se opunham ao dízimo. Até mesmo Cipriano (200-258)
rejeitou a introdução do dízimo incluído na distribuição aos pobres.
De fato, os antigos líderes da igreja praticavam o ascetismo. Isso quer dizer que ser
pobre era a melhor maneira de servir a Deus. Eles copiavam sua adoração conforme as
sinagogas judaicas, as quais tinham rabinos que se auto-sustentavam, recusando-se a
receber dinheiro para ensinar a Palavra de Deus (Ver Schaff - “History of Christian Church”,
vol. 2, 63, 128, 98-200, 428-434).
Segundo os melhores historiadores e enciclopédias, 500 anos se passaram até que a
igreja, no Concílio de 585, tentasse, sem sucesso algum, forçar os seus membros a dizimar.
Mas não foi antes de 777 d.C. que o Imperador Carlos Magno permitiu legalmente que a
igreja coletasse dízimos [É claro que a Igreja de Roma, a qual coroou Carlos Magno, foi
quem ressuscitou o dízimo, por causa da sua desmedida ganância por riqueza material].
Conclusão
Na Palavra de Deus o vocábulo ”dízimo” não aparece sozinho. Ele é sempre “o dízimo
do alimento”. O dízimo bíblico era muito estritamente definido e limitado pelo próprio Deus.
Os verdadeiros dízimos bíblicos sempre eram:
1. - Apenas em alimentos.
2. - Somente de fazendeiros e pecuaristas.
3. - Somente dos israelitas.
4. - Somente de quem vivia dentro da Terra Santa de Deus, das fronteiras nacionais
de Israel.
5. - Somente sob os termos da Antiga Aliança.
6. - A fartura só poderia provir da mão de Deus.
Por conseguinte:
1. - Itens não alimentícios não podiam ser dizimados.
2. - Animais limpos caçados e peixes não podiam ser dizimados.
3. - Os não israelitas não podiam dizimar.
4. - Alimentos que viessem de fora da Terra Santa de Deus não podiam penetrar no Templo.
5. - O dízimo legítimo não acontecia quando não houvesse o sacerdócio levítico.
6. - O dízimo não podia provir do que fosse fabricado pelas mãos do homem, produzido ou
apanhado na pesca.
Convido os líderes de igrejas para uma discussão aberta sobre este assunto. O estudo
cuidadoso em oração da Palavra de Deus é essencial ao crescimento da igreja. Que Deus os
abençoe.
Russel Kelly/Mary Schultze

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