Sabedoria Bíblica - C. H. Spurgeon "Para Preguiçosos"
Sabedoria
Bíblica
Em Sabedoria Bíblica escrevi
para homens simples e pessoas comuns. Por isso, as palavras elegantes e
sofisticadas foram substituídas por expressões e provérbios fortes e frases do dia
a dia. Direciono meus ataques aos vícios de muitas pessoas, tentando incutir
nelas as virtudes morais, sem as quais os homens se degradam. Muitas das coisas
que precisam ser ditas para as massas de trabalhadores não se adaptam ao
púlpito e às pregações dos dias de descanso; porém estas poucas linhas podem
ensinar todos os dias economia e diligência em casa e no trabalho; e se alguém
aprender estas lições, eu não me arrependerei de ter usado um estilo tão simples.
Lavrador é um nome que posso usar com legitimidade, pois todo pastor põe a mão
no arado já que tem obrigação de rasgar o solo árido. O que escrevi com
inspiração e certo humor não precisa.
Prefácio: de apologia, já que o som moral
desse ensinamento chegou aos ouvidos de pelo menos 300.000 pessoas, portanto
não há nenhuma virtude especial em escrever de modo sofisticado.
C.
H. Spurgeon
PARA
OS PREGUIÇOSOS
Para os preguiçosos Dar conselho aos ociosos é
tão inútil quanto despejar água em uma peneira; do mesmo modo, tentar
aperfeiçoá-los é como tentar engordar um galgo. O Antigo Testamento já nos
dizia para amassar nosso pão com água, se amassarmos uma ou duas cascas duras
nesses charcos estagnados sempre nos restará ainda um consolo: se as pessoas
preguiçosas não se tornam melhores quando semeamos bom senso, não tornamos
piores por tentar adverti-las e não colhermos nada. Repreender preguiçosos é
como ter um pedaço duro de solo para arar em que, com certeza, a colheita será
menos farta. Mas se apenas a terra boa tivesse de ser cultivada, os lavradores
poderiam se afastar do trabalho, e nós só teríamos de pôr o arado no sulco. Homens
preguiçosos são muito comuns e crescem sem que seja necessário cultivá-los, mas
a quantidade de sagacidade que existe em
muitos deles seria insuficiente para pagar a aração: não é necessário nada para
provar isso além do nome e do caráter deles, se não são tolos, são preguiçosos,
e conforme diz Salomão: “O preguiçoso considera-se mais sábio do que sete
homens que respondem com bom senso”, já aos olhos de todos os outros, sua
tolice é tão clara como o sol no céu. Se os ataco duramente, ao falar com eles,
é porque sei que podem aguentar, pois se eles estivessem caídos no chão do
celeiro, eu precisaria surrá-los muito antes de conseguir tirá-los da palha, e
nem mesmo a debulhadora a vapor conseguiria fazer isso. Ela os mataria antes de
conseguir levantá-los da palha, pois a preguiça está nos ossos de algumas
pessoas e mostra-se em sua carne ociosa, faça você o que fizer com elas.
Bem, por isso, antes de tudo
me parece que pessoas preguiçosas deveriam obrigatoriamente ter um grande
espelho pendurado onde fossem obrigadas a se ver, com certeza, no final, se os
olhos delas forem como os meus, não suportariam olhar para si mesmas por muito
tempo ou com frequência. A visão mais horrível do mundo é a de um desses vadios
autênticos que dificilmente seguraria sua vasilha de comida se chovesse mingau
de aveia e, com certeza, jamais seguraria um pote em que coubesse mais comida
do que a necessária para si mesmo. Talvez, se a chuva fosse de cerveja, ele
conseguisse despertar um pouco, mas acabaria de encher o copo depois. Provérbios
descreve esse homem: “O preguiçoso põe a mão no prato, e não se dá ao trabalho
de levá-la à boca”. Acho que esse tipo de homem deveria ser tratado como os
zangões que as abelhas expulsam das colmeias. Todo homem deve ter paciência e
piedade pela pobreza, mas para a preguiça seria melhor um chicote comprido ou
uma volta pela roda do moinho. Esse poderia ser um purgante saudável para todos
os preguiçosos. Mas seria muito difícil para alguns deles conseguir sua dose
completa de medicamento, pois eles nasceram ricos, mas a riqueza não faz nada
sozinha, ela precisa que alguém lhe empreste a mão. Como diz o velho ditado: “O
preguiçoso é como o cão que encosta a cabeça na parede para latir” como as ovelhas
preguiçosas para quem é muito trabalhoso carregar a própria lã. Seria muito
útil se pudessem se ver, mas talvez fosse muito trabalho abrirem os olhos,
mesmo que segurassem os óculos para eles. Tudo no mundo tem alguma utilidade,
mas o doutor em teologia, o filósofo ou a coruja sábia, em seu campanário,
quebrariam a cabeça para descrever a utilidade da preguiça, ela me parece ser
um vento mau que não sopra nada de bom para ninguém, um tipo de lodo onde as
enguias não se reproduzem, um fosso sujo que não consegue alimentar nem mesmo
um sapo. Peneire um preguiçoso, grão a grão, e não encontra nada de bom. Tenho
ouvido pessoas dizerem que é melhor não fazer nada que promover a desordem, mas
não estou bem certo disso, essas palavras brilham, mas não acredito que sejam
ouro. É uma preguiça maléfica apesar da pitada de louvor; digo que a preguiça é
má, e é de todo má. Por sorte, um homem que promove desordem é um pardal
apanhando milho, mas um homem preguiçoso é um pardal sentado em um ninho cheio
de ovos, que se transformarão em pardais e, em breve, causarão um monte de
feridas. Não é necessário que me digam, tenho certeza – a erva daninha mais
ordinária da terra não cresce na mente daqueles que estão ocupados com
maldades, mas nas inquietações impuras criadas pela imaginação dos homens
preguiçosos em que o mal se esconde sem ser visto, como a velha serpente, que
ele realmente é. Não gosto que os nossos jovens se envolvam em desordem, eu preferiria
vê-los com lodo até o pescoço que saracoteando por aí sem nada para fazer. Se
hoje o mal de não fazer nada parece menor, amanhã, vocês descobrirão que ele é
maior; o diabo põe carvão no fogo, e, assim, o fogo não arde, mas em função
disso será um fogo muito maior no final. Preguiçosos, vocês têm de ser seus
próprios trombeteiros, pois mais ninguém pode achar algo de bom em vocês para louvar.
Eu gostaria de ver você através de um telescópio, pois certamente isso
implicaria que você estaria muito distante; entretanto, nem mesmo os maiores
óculos da igreja conseguiriam ver algo de
valor em você. A respeito das toupeiras, dos ratos e das doninhas ainda
há algo para se falar, mesmo que a visão deles pregados em nosso velho celeiro
seja bonita; quanto a vocês, só serão úteis na sepultura ao ajudarem a aumentar
o cemitério, mas eu não posso entoar uma canção em seu favor melhor que este
verso, conforme disse o sacristão da igreja, pecado da minha própria
composição: Um preguiçoso desajeitado, bom para nada, Pecaminoso por dentro e
esfarrapado por fora Quem se importa em tê-lo por perto? Expulsem-no!
Expulsem-no! “Como o vinagre para os dentes, e a fumaça para os olhos”, assim é
o preguiçoso para o homem que sua para ganhar a vida honestamente, enquanto
esses indivíduos deixam o mato crescer até os tornozelos e, como diz a Bíblia,
atravancam a terra. O homem que perde seu tempo e sua força com a indolência se
oferece como alvo para o diabo, que é um atirador extraordinariamente bom e
perfurará o preguiçoso com seus tiros; em outras palavras, o homem preguiçoso
atenta o diabo a tentá-los. Aquele que joga quando deveria trabalhar enfeitiça
um espírito do mal para ser seu parceiro; e aquele que nem trabalha nem joga é
uma oficina à disposição de Satanás. Se o diabo capturasse um homem preguiçoso,
ele o poria para trabalhar, faria com que ele encontrasse ferramentas e, depois
de muito tempo, pagaria um salário a ele. Não é daí que vem a embriaguez que
enchem nossas cidades e vilas de miséria? A preguiça é a chave para a penúria e
a raiz de todo o mal. O homem que não tem estômago para trabalhar tem dois para
comer e beber. Nas horas de preguiça, aquele pequeno buraco logo abaixo do
nariz engole o dinheiro que colocaria agasalhos nos ombros das crianças e pão
na mesa dos casebres. A palavra de Deus afirma: “Os bêbados e os glutões se
empobrecerão”, e o versículo mostra a ligação entre eles ao concluir: “E a sonolência os vestirá de trapos”. Sei
disso do mesmo modo que sei que o musgo cresce nos telhados velhos e que o
hábito de se embriagar brota das horas de preguiça. Eu aprecio o lazer quando
posso usufruir dele, mas isso é completamente diferente; uma coisa é pau, a
outra é pedra. Gente preguiçosa não sabe o que é lazer; está sempre com pressa e
bagunçado, pois como negligencia o trabalho no momento certo sempre tem muito o
que fazer. Ficar na indolência, hora após hora, sem fazer nada é o mesmo que
fazer buracos na cerca para deixar os porcos passarem, e eles passarão – não se
engane, pois os buracos que farão ninguém vê, exceto aqueles que cuidam do
jardim. O próprio Senhor Jesus nos disse que enquanto os homens dormem, o inimigo
semeia a praga; isso está muito certo, pois o mal entra no coração muito mais frequentemente
pela porta da preguiça que por qualquer
outra. Nosso velho pastor costumava dizer: “Um preguiçoso é a melhor matéria
prima para o diabo, ele pode criar qualquer coisa desde um ladrão até um assassino”.
Não sou o único a condenar os preguiçosos, certa vez, eu ia entregar ao nosso
pastor a longa lista dos pecados de uma das pessoas a respeito de quem ele
havia me questionado, eu comecei dizendo: “Ela é terrivelmente preguiçosa”. No
mesmo momento, ele disse: “É o suficiente; todos os tipos de pecados estão
nesse, ele é o sinal para conhecer um pecador cheio de pecados”. Meu conselho
para os jovens é: “Saiam do caminho da preguiça, pois vocês podem pegar essa
doença e nunca se livrar dela”. Tenho sempre medo de que eles aprendam o
caminho da preguiça e fico muito atento para perceber qualquer coisa desse tipo
logo no início; pois como vocês sabem, é melhor matar o leão enquanto é
filhote. Certamente, nossos filhos carregam nossa natureza negativa neles, por
isso podemos vê-la crescendo como erva daninha em um jardim. Quem consegue
tirar ao limpo do que não é limpo? O ganso
selvagem não choca o ovo quebrado. Nossos garotos saem para a vida
apenas com seus aspectos negativos, a não ser que, desde o início, tornemos
nosso lar um local tranquilo e bastante atraente para eles e os treinemos a
odiar a companhia dos indolentes. Não os deixe ir ao bar “Rosa e a Coroa”,
faça-os, enquanto são jovens, aprender a
ganhar uma coroa e cultivar as rosas no jardim de seus pais. Criem os jovens
como abelhas, e eles não serão zangões, vadios. Atualmente, há muito a se dizer
em relação a mestres e mestras incompetentes. Ouso dizer que há algo de bom
nisso, pois, há incompetentes de todos os tipos hoje, como sempre houve. Em
outra ocasião, se me permitirem, darei uma palavra sobre o assunto; mas tenho certeza
de que há muito espaço para censura, mesmo entre as pessoas trabalhadoras,
especialmente em relação à preguiça. Vocês sabem que somos obrigados a arar com
o gado que temos à disposição; mas quando tenho de trabalhar com certos homens,
preferiria dirigir uma equipe de lesmas ou ir à caça de coelhos com um furão
morto. Porque de imediato seria mais fácil tirar leite de pedra ou suco de cortiça
do que conseguir resultados com alguns deles; mesmo porque eles estão sempre
falando dos seus direitos. Eu gostaria que eles examinassem os próprios erros,
em vez de se encostarem às alças do arado. Afinal, preguiçosos e dorminhocos
não são trabalhadores, não passam de porcos, bois ou cardos em macieiras.
Nenhum deles faz parte do grupo de caçadores que se veste com paletós
vermelhos, e nenhum deles é trabalhador ou se denomina assim. Às vezes, eu gostaria
de saber por que alguns de nossos empregadores mantêm afinal tantos gatos que
não caçam ratos. Seria mais fácil eu deixar minhas moedas caírem em um poço que
pagar para pessoas que apenas fingem trabalhar. Vê-las todos os dias se
arrastando sobre uma folha de repolho, é algo que apenas nos irrita e faz nossa
carne ferver. Viva e deixe viver, digo eu, mas não inclua os preguiçosos nessa
licença. “Não dê comida aos que não trabalham”. Talvez seja o momento adequado
para dizer que algumas pessoas das classes mais altas, como são chamados, dão
um exemplo vergonhoso em relação a isso, alguns abastados são quase tão preguiçosos
quanto ricos, e, muitas vezes, até mais. As ratazanas dormem por tanto tempo e
tão ruidosamente quanto os ratinhos. A maioria dos párocos compra ou encomenda
um sermão para evitar o trabalho de pensar. Isso não é uma preguiça abominável?
Eles zombam dos que fazem discursos afetados, mas não ficam envergonhados ao ficar
em pé para ler um sermão de outra pessoa como se fosse seu. Muitos de nossos
fazendeiros não têm mais nada para fazer além de repartir o cabelo ao meio; e,
em Londres, conforme me disseram, muitos dos nobres, tanto senhoras como
cavalheiros, não têm ocupação melhor que matar o tempo. Atualmente, diz-se que
quanto mais alto o salto, maior o tombo; da mesma forma, quanto mais importante é a
pessoa, mais sua preguiça chama atenção, e mais ela deve se envergonhar dela.
Não digo que elas têm obrigação de arar, mas que têm o dever de fazer alguma
coisa em relação à situação, além de serem como as lagartas no repolho que
comem a melhor parte; ou como as borboletas
que se exibem, mas não produzem mel. Não posso me irritar com essas pessoas por
qualquer coisa, pois sinto pena delas, quando penso nas regras de moda
estúpidas que são obrigadas a obedecer, e na vaidade com que prolongam seus dias.
Eu preferiria antes vergar minhas costas com o trabalho pesado do que ser um
rapaz elegante com nada para fazer além de me olhar no espelho e ver em mim
mesmo um sujeito que nunca pôs uma simples batata no pote da nação, mas apenas
tirou muitas. Antes despencar das montanhas de Surrey, esgotado como a velha
égua marrom de meu mestre, que comer pão e queijo sem ter trabalhado para isso;
é melhor ter uma morte honrosa que levar uma vida imprestável. Seria melhor
entrar em meu caixão que ser um morto vivo, um homem cuja vida é uma folha em
branco. De qualquer modo, não é fácil que os preguiçosos passem impunes por
todos seus esquemas porque, no fim, sempre carregam a maior parte das penas.
Elas não consertam o telhado, portanto têm de construir uma nova cabana; não
põem o cavalo na carroça, por isso, terão elas mesmas de puxar a carroça. Se
fossem espertas, executariam bem seu trabalho, a fim de não fazê-lo duas vezes,
e esforçariam trabalhar bem enquanto estão na lida para tirar a pendência da
frente. Meu conselho é: se você não gosta de trabalho pesado, comece a
trabalhar com garra, execute-o e goze seu tempo de descanso. Eu gostaria que
todas as pessoas religiosas pensassem a respeito desse assunto, pois alguns
professores são surpreendentemente preguiçosos e, com isso, fornecem um
material lamentável para a língua dos ímpios. Penso que um lavrador religioso
deve ser o melhor homem no campo, e não deve permitir que nenhum grupo o
derrotasse. Quando estamos trabalhando, temos o dever de estar com a atenção no
trabalho e não podemos parar para conversar, mesmo que a conversa seja sobre
religião. Do contrário, não apenas roubamos de nosso empregador o nosso próprio
tempo, como também o tempo dos cavalos. Eu costumo ouvir pessoas dizerem: “Nunca pare o arado para
matar um rato”, da mesma forma, é uma tolice parar para bater papo; além disso,
um homem que desperdiça o tempo, quando o patrão está ausente é um bajulador, o
que considero o oposto de ser cristão. Se alguns dos membros de nossa congregação
fossem um pouco mais ágeis com os braços e as pernas quando trabalham e um
pouco menos ativos com as línguas, falariam mais sobre religião do que falam
agora. O povo diz que o maior enganador é o mais devoto, eu fico constrangido
em afirmar que um dos maiores preguiçosos que conheço é um homem que se declara
abertamente um falante. Seu jardim está tão coberto de ervas daninhas que por
pouco não tomo a iniciativa de capiná-lo para ele. Se ele fosse mais jovem, conversaria
com ele a respeito disso para livrar nosso grupo da vergonha que ele acarreta
sobre nós e a fim de orientá-lo melhor, mas quem pode ser professor de uma
criança de sessenta anos? Ele é um espinho constante para o nosso amável pastor,
que anda muito aflito com isso e diz muitas vezes que tem vontade de ir para
outro lugar porque não consegue lidar com essa conduta; mas eu digo-lhe que em
qualquer lugar que viva sempre encontrará um arbusto espinhoso perto de sua
porta, e será uma benção se não encontrar dois. Contudo, eu gostaria que todos
os cristãos fossem diligentes, pois a
religião jamais teve por desígnio que nos tornássemos preguiçosos. Jesus foi um
grande trabalhador e seus discípulos não tinham medo de trabalhar duro. Da
mesma forma, tem muito disso no servir ao Senhor com o coração frio e a alma
preguiçosa, além de fazer a religião definhar. Os homens cavalgam quando caçam
para ganhar algo, mas são lerdos quando estão a caminho do céu. Os pregadores
continuam a vacilar e a falar de forma monótona, em uma verdadeira lengalenga, e
o povo começa a bocejar, cruzar os braços e a dizer que, por isso, Deus está
recusando a bênção. Todo preguiçoso maldiz sua sorte quando se vê incluído no
grupo dos esfarrapados; e algumas igrejas aprenderam esse mesmo artifício pernicioso.
Eu acredito que quando Paulo planta, e Apolo rega, Deus faz crescer, e não
tenho paciência com os que põem a culpa em Deus, quando eles são os culpados. Agora
esgotei todos os meus recursos. Receio ter falado em vão, mas fiz o melhor que
pude, nem um rei poderia fazer mais. Uma formiga nunca produzirá mel se não
trabalhar com o coração, e eu jamais exporei meus pensamentos de forma tão bela
como alguns escrevem um livro de sucesso; mas a verdade é a verdade mesmo
vestida de chita e, assim, chego ao fim de toda essa história.
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